terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A volta ao mundo em 80 swipes - 1

A minha primeira experiência com o Tinder aconteceu no final da primavera.
Para um tipo comprometido, instalar uma aplicação de dating pode ser uma acção de carácter questionável, e portanto durante algum tempo mantive-me afastado. Já para um tipo intrinsecamente curioso, o difícil mesmo é saber que ela existe e não ir lá espreitar. Um belo dia acordei mais curioso do que comprometido e lá instalei a coisa.
Que delírio! Para quem começou nas lides do mIRC, da saga "ddtc? m/f?" "m. tu?" "m.bye", o Tinder é o pináculo da evolução tecnológica. De repente, na ponta dos dedos e sem horas a responder a questionários chatos como havia nos sites dos anos 90, temos tudo aquilo que sempre nos interessou, a foto! Bem, tem mais uns pormenores secundários como o primeiro nome e a idade, e em letra pequenina para quem se dá ao trabalho de clicar, uma descriçãozeca. E o melhor de tudo é que passamos imediatamente à candidata seguinte com um simples swipe, acção que em americano significa esfregar. Parecia bom demais para ser verdade, um catálogo de candidatas disponíveis na minha zona, e assim que esfrego a cara de uma aparece logo outra!

Swipe me tinder, swipe me sweet...
Logo depois acordei e percebi que estou no Porto. As supostas gatas disponíveis não deixam de ser as que vivem aqui, que para começar não são assim tantas como isso, e que ainda por cima são todas amigas de alguém conhecido. Nada disto é bom quando voltas ao teu estado menos curioso e mais comprometido, e percebes que não é nada bom esfregar a cara da tua prima, ou da melhor amiga da tua namorada.

Já a amiga da uma ex-namorada...

(continua)

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